Fim do iTunes: relembre oito curiosidades do serviço de músicas da Apple

O fim do iTunes com chegada do macOS Catalina marca o encerramento de uma era de altos e baixos para o famoso software da Apple. Lançado em abril de 2003, ele se tornou, rapidamente, a principal plataforma de compra e venda da indústria da música, com um milhão de faixas comercializadas apenas na primeira semana. Seu sucesso vinha em conjunto com a crescente base de usuários do iPod, que já existia há dois anos. No entanto, não demorou para que começassem a vir críticas. Hoje, sua substituição pelo Finder e os novos apps Apple Music, TV e Podcasts é vista com bons olhos por usuários de Mac. Veja, a seguir, oito fatos curiosos sobre o clássico programa da empresa da maçã.

1. Era muito “odiado”
O iTunes ganhou a fama de “odiado” principalmente pela interface, que era considerada confusa demais. Com a popularidade do iPod e do iPhone ao longo dos anos, o programa começou a agregar funções distintas demais, o que acabou dificultando sua usabilidade. Para parte dos críticos, a Apple deu uma tarefa “impossível” para seus designers.

Como tocador de música e podcast, ele tinha que ter controles de reprodução; como loja de conteúdo, tinha características de navegador de Internet, com botões de avançar e voltar; e como utilitário de sincronização, tinha uma tela única para gerenciar as informações do iPhone ou iPod conectado. O resultado foi um software cada vez mais lento e difícil de usar.

2. Criado para gravar CDs
Embora seja conhecido pelo download de músicas digitais, um dos propósitos do iTunes era proporcionar a gravação de CDs legalmente. No começo dos anos 2000, gravar CDs com MP3 fazia parte da cultura, mas costumava envolver pirataria. Com o lançamento do iTunes e a maior facilidade para comprar faixas via Internet, Steve Jobs disse que usuários passavam a ter “o direito revolucionário de gravar um número ilimitado de CDs para uso pessoal e de colocar música em um número ilimitado de iPods para ouvir em qualquer lugar”.

3. Jobs chamou iTunes para Windows de “melhor da história”
Outro comentário de Steve Jobs sobre o iTunes envolveu o rival Bill Gates e seu sistema Windows. Quando a Apple lançou a versão do programa para PCs, Jobs chegou a dizer que se tratava “provavelmente do melhor aplicativo já desenvolvido para Windows”. Mais tarde, o software deixou de ser atualizado e ficou por muitos anos com o mesmo visual. Em abril de 2018, ele ganhou uma versão repaginada na loja do Windows 10 e permanece disponível para download, apesar do seu fim no Mac.

4. Vídeos e podcasts chegaram em 2005
O ano de 2005 foi cheio de novidades para o iTunes. No mês de maio daquele ano, o programa ganhou suporte para vídeos e, em junho, foi a vez dos podcasts — duas funções que, hoje, têm apps próprios no macOS. Dois anos depois, o programa passou a ser o acompanhante do iPhone para ativar, fazer backups e transferir mídia — até o iOS 5, a Apple exigia que donos do smartphone usassem o programa para essas tarefas. Em 2010, o iTunes passou também a mostrar a coleção de livros do usuário, algo que também passou, mais tarde para um aplicativo independente.

5. iPhone não foi o primeiro celular com iTunes
O Motorola ROKR foi o primeiro celular do mundo com iTunes. Lançado em 2005, o telefone tinha a capacidade de armazenar cem músicas sincronizadas da biblioteca do usuário no Mac ou PC — a memória era de apenas 512 MB em microSD. O aparelho tinha ainda Bluetooth, concectividade GPRS, tela com resolução de 176 x 220 pixels e teclado físico característico da época. Dois anos depois, a Apple lançou o primeiro iPhone com display touch e armazenamento oito vezes superior, de pelo menos 4 GB.

6. Ping: rede social fracassada
Em 2010, o iTunes ganhou outra funcionalidade ao abrigar a Ping, rede social e sistema de recomendação voltada para música. Usuários podiam seguir artistas e acompanhar posts de amigos, mas o serviço não deu certo após baixa aceitação e reclamações de que os recursos não funcionavam muito bem. Em 2012, a Apple encerrou o Ping e passou a permitir o compartilhamento diretamente no Facebook e no Twitter.

7. Chegou no Brasil só em 2011
A loja do iTunes demorou sete anos para desembarcar no Brasil. Em 2011, a Apple anunciou a chegada do serviço no país com um catálogo de 20 milhões de faixas incluindo artistas internacionais e nacionais. Na época, a empresa destacou nomes brasileiros como Ivete Sangalo, Marisa Monte e Roberto Carlos, que fazia sua estreia em meios digitais. A plataforma também oferecia mil filmes para aluguel ou aquisição. A Apple também aproveitou para trazer ao país o iTunes Match, um serviço que oferecia uma cópia digital legalizada de arquivos MP3 do usuário mediante uma anuidade de US$ 24,99.

8. Música de número 25 bilhões foi baixada em fevereiro de 2013
Uma música desconhecida chamada de “Monkey Drums (Goksel Vancin Remix)”, do DJ britânico Chase Buch, foi o download de número 25 bilhões do iTunes. Um usuário alemão baixou a faixa em fevereiro de 2013 e ganhou um vale-presente de 10 mil euros. Antes dela, “Speed of Sound”, do Coldplay, havia sido a música 1 bilhão, em 2006, e “Guess Things Happen That Way”, de Johnny Cash, havia marcado o download 10 bilhões.

 

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